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sábado, janeiro 13, 2007

Livro aberto...

Tenho andado afastado do meu veneno e sabe Deus o que isso me custa. A falta de tempo ou o investimento do meu tempo noutros afazeres, fez com que, momentaneamente, deixasse de partilhar a minha visão, cáustica, dos acontecimentos mundanos. Pois cá estou eu de volta, com um tema que é novidade, coisa fresquinha, em primeira mão. Por estes dias, entretive-me a ler um livro, pouco conhecido na nossa praça. Certamente azedo para alguns, capaz de gerar algumas azias e indisposições que tais, noutros até urticária ou alergias várias, para o comum dos mortais ele desperta curiosidade. Apenas e só. Esta pérola da nossa literatura contemporânea acorda o lado Big Brother que há em cada um de nós, aquele que leva a interessarmo-nos mais por aquilo que se passa no quintal do vizinho. É algo que é indefectível no nosso carácter e faz parte da nossa natureza humana.

Por isso a imprensa cor de rosa vende mais que qualquer outra publicação séria no nosso país. É um investimento com retorno mais que garantido. O Patráquio casou com a Xekoré (pode não se perceber bem mas admitam que dá um bom nome de tia…), é notícia. O Patráquio deixou a Xekoré, é notícia. A Xekoré veio fazer uma peixeirada à porta da Pimpampum (outro bom nome…), porque ela lhe roubou o Patráquio, é notícia. Nasceram mais duas pulgas no cão Sebastião Heitor Reginaldo Coutinho, da família D’Assis Mello e Almeida de Sampaio… pois é, é notícia. Qualquer parvoíce que eles descubram (ou que os visados lhes peçam para descobrir, há gente que vive destes rendimentos) se torna numa primeira página. E a culpa não é deles. É do ser humano. Se não fossemos à ganância, atrás destes mexericos, eles já teriam mudado de ramo.

Voltando ao livro, surpreende-me em primeiro lugar a quase ausência de aspereza na escrita da autora. Principalmente pelo facto de tanto se apregoar que este é um livro de vingança e ressabiamento. Aqui e ali pontuam alguns vestígios de mágoa mas, se fosse eu a escrever aquilo, com a intenção principal que lhe imputam, cobras e lagartos seriam meros bichinhos de estimação. Dizem também os seus detractores que ela inventa, todos dizem que aquilo nunca aconteceu, nada do que está lá escarrapachado é sequer parente da verdade. Pois bem, tenho para mim que, embora seja loira, a senhora não é burra e se pôs a boca no trombone é porque está segura do que diz. No fim de contas confirma tudo o que já se ouvia dizer nas televisões ou se podia ler nos jornais.

Não quero fazer a defesa da mulher, muito menos a acusação. Dessa se encarregará o Ministério Público naquilo que julgar oportuno. E também os seus algozes como por exemplo aquele Jornalista/Advogado/Escritor/Comentador que é adepto ferrenho do fcp que a desanca de tudo o que aprendeu sempre que tem oportunidade de falar dela. Mas, se me faz alguma confusão ouvir agora tanta gente dizer mal da pobre senhora, ainda mais gente que a venerava (ou seria para não desagradar ao Todo-Poderoso que engoliam o sapo?...), mais confusão me faz ver gente de bem, Benfiquistas, a idolatrá-la. Que eu saiba o Glorioso não precisa desta senhora para se promover nem deve embandeirar em arco em promoções de terceiros hostis ao clube num passado recentíssimo. Fica-lhe bem reconhecer que foi mal educada e que, noutras circunstâncias, teria agido ponderadamente com correcção e deferência. Para mim isso chega e é suficiente. Mais que isso é abuso. Ou será que aqueles Benfiquistas que agora a acarinham já esqueceram o cartaz do “Orelhas estou aqui”? E acaso esqueceram a resposta “O Orelhas é o nosso presidente, a puta é de toda a gente”? Curiosamente esta “resposta” foi omitida no livro, certamente por falta de espaço… A ênfase, do meu ponto de vista, deveria ser dada às revelações constantes do livro que podem, de facto, trazer dados novos que ajudem a limpar a imagem do nosso futebol. O Benfica nada ganha e nada perde com aquele conteúdo. Mas com o desenrolar do processo Apito Dourado, o afloramento da verdade, o ganho é considerável. Se houver um vencedor será o desporto rei. E se for limpa a imagem suja que algumas pessoas foram construindo, então ganhamos todos.
Imagem retirada aleatóriamente da net, usada com fins meramente ilustrativos, sem intenção de denegrir os visados.

domingo, janeiro 07, 2007

(...)

terça-feira, janeiro 02, 2007

Tadinhos!...

Este governo tem cada uma. Então não é que se lembraram de acabar com o regime de excepção (?!?) dos jogadores de futebol, no que diz respeito ao IRS? Onde é que já se viu? Tadinhos dos moços… É uma injustiça, um ultraje. Pior que isto não há memória. E depois, ainda vêm com uma lata descomunal, falar de justiça social e igualdade social! Como pode haver justiça social se aumentam 40% nos descontos da rapaziada? Ora aí está um verdadeiro grande aumento. 40%! C’um catano! Os pobres diabos já ganham tão mal, agora com um aumento de 40% nos descontos, muitas famílias vão ficar na miséria.

A grande maioria dos portugueses que trabalham (um número com tendência a diminuir…) desconta, para IRS, sobre 100% dos rendimentos. Os jogadores de futebol descontam apenas sobre 60%. Ou descontavam porque o governo decidiu, numa medida sem precedentes, igualá-los aos restantes compatriotas contribuintes. A mim parece-me bem. É uma profissão de desgaste rápido, sem dúvida, mas se estivermos atentos podemos constatar que alguns atletas têm uma carreira contributiva considerável. Ou pelos menos, não tão curta como querem fazer crer. Se um jovem se iniciar nestas coisas da bola aos 15 anos (sabemos que alguns até começam mais cedo) e pendurar as chuteiras aos 35 (alguns fazem-no mais tarde), vai trabalhar durante 20 anos. Sensivelmente metade daquele que é o tempo médio de trabalho da restante população. Se considerarmos os vencimentos auferidos e os somarmos, constatamos que, regra geral, ganham nesses “curtos” anos de trabalho, o dobro ou o triplo do que ganha o comum dos mortais. Com a agravante que o comum mortal tem que vergar o aço até aos 65 anos (por enquanto…). E quando chega ao fim, é mesmo o fim, está arrumado, não dá mais uma para a caixa e recebe uma reforma de vergonha. O futebolista, com 35, 36 ou até 40 anos está ainda muito a tempo e em boas condições de continuar a trabalhar.

Como acham que serem igualados aos demais concidadãos é uma ofensa, ameaçam fazer greve. No estado em que este país está, são cada vez mais raras as pérolas de que o tuga se lembra. Esta de fazer greve aos impostos acaba por ser uma verdadeira pedrada no charco. Desta ainda ninguém se tinha lembrado. Fugir aos impostos é banal, burlar o fisco vai passar a fazer parte do curriculum escolar mais ano menos ano, agora greve aos impostos só mesmo de uma classe à parte da nossa sociedade. Já imaginaram se a moda pega e cada um de nós decide fazer uma arruaça de cada vez que não concordar com alguma coisa do género? Bem ia ser o bom e o bonito. Quem fica a lucrar com isso são os clubes, não desembolsam os salários dos grevistas. Santa paciência mas neste capítulo sou intransigente. Se eu pago, todos devem pagar!



Imagem retirada aleatoriamente da net.


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