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domingo, dezembro 31, 2006

Feliz 2007

Hoje é o último dia de 2006. Quer dizer que amanhã é o primeiro dia de 2007. Não o gastem todo de uma vez, afinal vão ter mais 364 como ele. Não bebam tudo de uma vez, vão repartindo. Mas se beberem, não conduzam. Não há desculpas, a casa é já ali, a esta hora os géninhos não andam aí ou então estão pior que nós, etc, etc. Nada serve como desculpa, porque a ressaca até pode passar, o sentimento de culpa não. E os outros, a família dos outros, não tem culpa de que não saibam beber. Conheci uma senhora que dizia:
"Se não sabem beber vinho, bebam merda!" De cada vez que abria a boca, ela fazia jus a esta máxima de vida, mas isso é outra história.

Um ano cheio de coisas boas. Sejam felizes.

Uma dedicatória especial a quem me mostrou o caminho da felicidade em 2006 e me vai dar em 2007 motivos de alegria suprema.

Uma dedicatória ainda para o meu filho mais velho, razão que sempre me prendeu à vida e que tem para mim uma importância que não se pode traduzir em números ou palavras. Apenas em amor.

Deixo-vos esta apresentação do novo filme do Shrek. Filme de animação para miúdos em que os graúdos se partem a rir. Não é para menos... Divirtam-se com este Shrek 3.


Imagens retiradas aleatóriamente da net.

domingo, dezembro 24, 2006

Boas Festas

Nesta quadra festiva, vou abrir tréguas e dar descanso aos visados pela minha má-língua (aproveitem, dura pouco...). E até ja escolhi um presente. Vou pedir AMIGOS PARA A VIDA!!! Portanto, se um velhinho barrigudo, barbudo e vestido de vermelho vos quiser enfiar dentro de um saco, colaborem...


Texto inspirado num sms que recebi. A foto é de manuel marques.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Os invasores silenciosos

Ontem fiquei fulo da vida! Levantei-me, fui para tomar banho e não tinha gás. Espreitei no armário do contador e reparei que a válvula estava fechada e tinha um selo de chumbo, ornamentado por um laçarote de fio de cobre, muito bonito. Na dúvida, não fosse aquilo ser do facto de me ter levantado há pouco, consultei também o armário do vizinho e vi que ele não tinha selo nem laçarote. Logo, eu tinha o gás cortado.

Depois de ter acabado de acordar, rapidamente percebi o que tinha acontecido. Mudei recentemente de banco, alterei as contas, fiz a devidas alterações de NIB mas, para meu azar, na altura que alterei as informações no fornecedor de gás, a factura já devia estar emitida. Por isso ela foi bater a uma porta que já estava fechada e voltou para trás. Acontece nas melhores famílias e eu até já estou habituado. Mas não foi isso que me indignou.

Fiquei desde logo intrigado com o facto de não ter tido conhecimento prévio desta situação anómala. Não recebi nada pelo correio (embora a Setgás afirme que enviou 3 ou 4 avisos), nem tocaram à campainha para eu abrir a porta do prédio. Nada. Quando dei por isso, já estava. Paguei, claro, sem grande contestação. Era uma situação previsível e por isso, logo que descobri o que se passou, tratei de regularizá-la. Umas horas depois veio a resposta às minhas dúvidas. Fiquei a saber como operam estes invasores silenciosos. Então é assim: os fulanos chegam, esperam que alguém abra a porta para entrar ou sair ou tocam para um dos vizinhos. Depois esgueiram-se sorrateiramente para o interior do prédio, às escondidas, fazem o servicinho e desaparecem ainda mais sorrateiramente. Como se tivessem vergonha do que estão a fazer.

Deviam ter vergonha é da forma cobarde como operam, porque o serviço que fazem está mais que justificado. Pagam-lhes para cortar o gás. É esse o trabalho deles. Por isso não devem ter vergonha de o levar a cabo. Pode haver quem não goste. Acredito. Também não me agrada muito o trabalho do polícia quando o vejo a rabiscar num bloco, junto ao meu carro, de esguelha em cima do passeio. Mas é o trabalho dele. No meu entender, aquilo que esse cavalheiro fez foi uma invasão de propriedade. Porque do ponto de vista legal, a invasão de propriedade acontece quando o intruso entra sem se anunciar, sem autorização ou recorrendo a artifícios manhosos para conseguir entrar. Ora quando um gajo toca à campainha de um andar e diz que é o homem do gás e veio para verificar os contadores, está a mentir para conseguir infiltrar-se no prédio. Ainda por cima teve a lata de dizer que esta é a prática instituída, para não terem, cito, “que estar a levar com os clientes e as suas lamúrias”. É feio.

Espero não voltar a passar por uma situação destas. Nem tenho necessidade. Mas estejam alerta. Andam por aí uns trabalhadores frustrados, com vergonha daquilo que fazem e que por causa desse trauma, agem à socapa, tipo ratos de esgoto, pela calada. Resta uma ferramenta que a lei reserva às pessoas de bem: o livro de reclamações. Eu vou reclamar por esta atitude desprezível. Merecemos mais respeito, mesmo quando prevaricamos. Afinal, como disse Jesus, aquele que de entre nós nunca pecou que atire a primeira pedra. O que seria deste país se todos, de repente, decidíssemos andar a fazer as coisas às escondidas. Qualquer dia ainda nos calhava ver o primeiro-ministro a escrever cartas aos juízes do Supremo...


Imagem retirada aleatoriamente da net (não, não é o gajo do gás!...)

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Os novos piratas

Uma das coisas que está na berra é falar de pirataria, contrafacção e downloads ilegais, entre outros. Não sou especialista (graças a Deus) nalguns destes itens mas tenho, ainda assim, uma opinião acerca dos downloads. Vejo e leio o que muita gente escreve acerca disto e, sinceramente, depois de ver tanto papagaio acho-me no direito de dizer o que me vai na alma. C’um raio, sendo eu um autor inscrito na SPA, tenho autoridade suficiente para alvitrar um pouco e dissertar (é esta parte que me assusta, às vezes) sobre o que são os direitos de autor e da sua violação.

Antes, no entanto, queria deixar claro o seguinte:
1. Não vou fazer a defesa dos lesados;
2. Não vou fazer a defesa dos prevaricadores;
3. Vou apenas lançar algumas pistas para reflexão.
Feita que está a ressalva, começo por questionar a “legalidade” da transferência de ficheiros. São documentos que estão disponíveis na Internet, alguns publicitados e disponibilizados pelos autores dessas páginas. Não é necessário roubar, furtar, enganar, lograr, aldrabar ou qualquer outro acto fraudulento. Apenas digitar um www qualquer, clicar num link ao acaso e… já está. Ilegal, do meu leigo ponto de vista, é por exemplo, entrar numa base de dados de uma empresa e aceder a informação confidencial. Ou entrar por um banco adentro, via net, e mexer nas contas de clientes e desviar dinheiro. Para isto é necessário recorrer a um qualquer subterfúgio manhoso que referi anteriormente. Para mim, isto é que é ilegal.

Outra coisa estranhíssima que em tempos chegou ao meu conhecimento foi um abaixo-assinado, subscrito por um punhado de autores portugueses, a pedir mão pesada da justiça para quem transfere músicas da net. A lista, que deve ter sido patrocinada por uma ou várias editoras, incluía nomes como Ágata, Emanuel, Quinzinho de Portugal… Ora façam-me um favor! Com o devido respeito para os visados, quem é que no seu perfeito juízo iria sacar mp3 da Ágata? Trata-se de uma clara manipulação das editoras. Elas são as verdadeiras lesadas. Mas, para não admitir que pagam mal aos artistas, atiram-se contra os internautas, escudando-se neles e na violação dos seus direitos. Um CD tem um custo de produção muito baixo, uma vez que é produzido em série. O artista ganha um valor reduzido por cada um que seja vendido. O resto é amealhado pela editora. Claro que se o cantor ganhar, por exemplo, 0,10€ por cada CD, se vender um milhão de cópias lucra 100 mil €, se vender apenas a décima parte, ganha… a décima parte. E quem ganha o resto?

Na loja o disco custa à volta de 20€. Para quem estiver um bocadito atento a estas coisas, são as grandes empresas que se queixam de prejuízos enormes. Nunca ouviram um artista dizer que estava a perder dinheiro. Grandes profissionais que são, basta-lhes que tenham trabalho para que se sintam satisfeitos. E quanto mais gente estiver num concerto mais eles facturam. Porque ainda não é possível fazer download dum concerto em tempo real, temos mesmo que ir lá. E grande parte da sua popularidade vem do facto das empresas que lhes produzem e vendem os discos serem, dizem elas, roubadas descaradamente através da net. Os artistas tornam-se mais conhecidos e são bem mais divulgados desta forma. A net faz mais por alguns artistas que certos managers de meia tigela…

Se houvesse interesse em solucionar o problema, há muito que teria sido revista a lei dos direitos de autor. A máquina legislativa, a nível mundial, deixou-se ultrapassar pela tecnologia. Não acompanhou a evolução natural (Darwin teria certamente uma teoria para isto) e não sabe agora como lidar com a situação. Toda a gente paga para ter acesso à net, certo? Bem, então porque não direccionar parte desse dinheiro para as Sociedades de Autores de cada país, para que essas receitas fossem depois distribuídas pelos autores? Façam contas senhores. Imaginem 1€ por mês e por utilizador. Por cada milhão de utilizadores de Internet seria endereçado mensalmente 1 milhão de euros para as sociedades. Globalmente, quantos milhões de utilizadores existem? Pois é. Mas isso representava o fim do monopólio das editoras, tal como está. E, entre perder um ovo de vez em quando ou deixar matar a galinha dos ovos de ouro, é óbvio que ninguém está interessado que se acabe o bem bom e vão fazer de tudo para que ninguém toque numa pena da sua bichinha…

Não é demais lembrar a época que se avizinha e todo o cuidado que se deve ter na estrada. Se não o quiserem fazer por vós, façam-no pelos outros. Isso fará de vocês umas pessoas melhores.




Imagem retirada aleatoriamente da net.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Dano colateral

Afinal Camarate foi um atentado! Tantos anos depois, finalmente se chegou a uma conclusão. E finalmente se fez luz sobre o incidente. Ou será que só agora foi oportuno revelar a verdade? Eu voto nesta. A verdade é sempre incómoda. E incomodava muita gente se fosse tornada pública fora de tempo.

Agora que se sabe quem "fez a faca" falta saber quem deu a "facada". Ou melhor, falta oficializar. Isto porque os culpados já não podem ser julgados. Apenas pela opinião pública. Os tribunais, ineficazes durante mais de 20 convenientes anos, nada podem fazer agora que se sabe a verdade. E o julgamento da opinião pública pouco ou nada vale. O que podemos fazer? Chamar-lhes assassinos? Podemos. Mas de que vale?

O estilo terrorista de resolver as coisas, para além de injustificável sob qualquer pretexto, ainda tem a agravante de fazer vítimas inocentes. Sá Carneiro foi uma vítima inocente, não era ele o alvo, foi um dano colateral. E no local em que se deu a tragédia, bem maior podia ser o número de vítimas. Inocentes.

Dos fracos não reza a História. Francisco Sá Carneiro será sempre lembrado pelo que fez por Portugal, como Homem e como político. Os outros serão recordados como o bombista e o mandante. Dizem que os homens é que fazem a História mas, bem vistas as coisas, é a História que elege os Homens que quer perpetuar. E a julgar pelos factos, não se dá com qualquer um. Paz às suas almas. Agora podem descansar.

Imagem: Flor, de manuel marques


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