Tribos

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domingo, dezembro 31, 2006

Feliz 2007

Hoje é o último dia de 2006. Quer dizer que amanhã é o primeiro dia de 2007. Não o gastem todo de uma vez, afinal vão ter mais 364 como ele. Não bebam tudo de uma vez, vão repartindo. Mas se beberem, não conduzam. Não há desculpas, a casa é já ali, a esta hora os géninhos não andam aí ou então estão pior que nós, etc, etc. Nada serve como desculpa, porque a ressaca até pode passar, o sentimento de culpa não. E os outros, a família dos outros, não tem culpa de que não saibam beber. Conheci uma senhora que dizia:
"Se não sabem beber vinho, bebam merda!" De cada vez que abria a boca, ela fazia jus a esta máxima de vida, mas isso é outra história.

Um ano cheio de coisas boas. Sejam felizes.

Uma dedicatória especial a quem me mostrou o caminho da felicidade em 2006 e me vai dar em 2007 motivos de alegria suprema.

Uma dedicatória ainda para o meu filho mais velho, razão que sempre me prendeu à vida e que tem para mim uma importância que não se pode traduzir em números ou palavras. Apenas em amor.

Deixo-vos esta apresentação do novo filme do Shrek. Filme de animação para miúdos em que os graúdos se partem a rir. Não é para menos... Divirtam-se com este Shrek 3.


Imagens retiradas aleatóriamente da net.

domingo, dezembro 24, 2006

Boas Festas

Nesta quadra festiva, vou abrir tréguas e dar descanso aos visados pela minha má-língua (aproveitem, dura pouco...). E até ja escolhi um presente. Vou pedir AMIGOS PARA A VIDA!!! Portanto, se um velhinho barrigudo, barbudo e vestido de vermelho vos quiser enfiar dentro de um saco, colaborem...


Texto inspirado num sms que recebi. A foto é de manuel marques.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Os invasores silenciosos

Ontem fiquei fulo da vida! Levantei-me, fui para tomar banho e não tinha gás. Espreitei no armário do contador e reparei que a válvula estava fechada e tinha um selo de chumbo, ornamentado por um laçarote de fio de cobre, muito bonito. Na dúvida, não fosse aquilo ser do facto de me ter levantado há pouco, consultei também o armário do vizinho e vi que ele não tinha selo nem laçarote. Logo, eu tinha o gás cortado.

Depois de ter acabado de acordar, rapidamente percebi o que tinha acontecido. Mudei recentemente de banco, alterei as contas, fiz a devidas alterações de NIB mas, para meu azar, na altura que alterei as informações no fornecedor de gás, a factura já devia estar emitida. Por isso ela foi bater a uma porta que já estava fechada e voltou para trás. Acontece nas melhores famílias e eu até já estou habituado. Mas não foi isso que me indignou.

Fiquei desde logo intrigado com o facto de não ter tido conhecimento prévio desta situação anómala. Não recebi nada pelo correio (embora a Setgás afirme que enviou 3 ou 4 avisos), nem tocaram à campainha para eu abrir a porta do prédio. Nada. Quando dei por isso, já estava. Paguei, claro, sem grande contestação. Era uma situação previsível e por isso, logo que descobri o que se passou, tratei de regularizá-la. Umas horas depois veio a resposta às minhas dúvidas. Fiquei a saber como operam estes invasores silenciosos. Então é assim: os fulanos chegam, esperam que alguém abra a porta para entrar ou sair ou tocam para um dos vizinhos. Depois esgueiram-se sorrateiramente para o interior do prédio, às escondidas, fazem o servicinho e desaparecem ainda mais sorrateiramente. Como se tivessem vergonha do que estão a fazer.

Deviam ter vergonha é da forma cobarde como operam, porque o serviço que fazem está mais que justificado. Pagam-lhes para cortar o gás. É esse o trabalho deles. Por isso não devem ter vergonha de o levar a cabo. Pode haver quem não goste. Acredito. Também não me agrada muito o trabalho do polícia quando o vejo a rabiscar num bloco, junto ao meu carro, de esguelha em cima do passeio. Mas é o trabalho dele. No meu entender, aquilo que esse cavalheiro fez foi uma invasão de propriedade. Porque do ponto de vista legal, a invasão de propriedade acontece quando o intruso entra sem se anunciar, sem autorização ou recorrendo a artifícios manhosos para conseguir entrar. Ora quando um gajo toca à campainha de um andar e diz que é o homem do gás e veio para verificar os contadores, está a mentir para conseguir infiltrar-se no prédio. Ainda por cima teve a lata de dizer que esta é a prática instituída, para não terem, cito, “que estar a levar com os clientes e as suas lamúrias”. É feio.

Espero não voltar a passar por uma situação destas. Nem tenho necessidade. Mas estejam alerta. Andam por aí uns trabalhadores frustrados, com vergonha daquilo que fazem e que por causa desse trauma, agem à socapa, tipo ratos de esgoto, pela calada. Resta uma ferramenta que a lei reserva às pessoas de bem: o livro de reclamações. Eu vou reclamar por esta atitude desprezível. Merecemos mais respeito, mesmo quando prevaricamos. Afinal, como disse Jesus, aquele que de entre nós nunca pecou que atire a primeira pedra. O que seria deste país se todos, de repente, decidíssemos andar a fazer as coisas às escondidas. Qualquer dia ainda nos calhava ver o primeiro-ministro a escrever cartas aos juízes do Supremo...


Imagem retirada aleatoriamente da net (não, não é o gajo do gás!...)

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Os novos piratas

Uma das coisas que está na berra é falar de pirataria, contrafacção e downloads ilegais, entre outros. Não sou especialista (graças a Deus) nalguns destes itens mas tenho, ainda assim, uma opinião acerca dos downloads. Vejo e leio o que muita gente escreve acerca disto e, sinceramente, depois de ver tanto papagaio acho-me no direito de dizer o que me vai na alma. C’um raio, sendo eu um autor inscrito na SPA, tenho autoridade suficiente para alvitrar um pouco e dissertar (é esta parte que me assusta, às vezes) sobre o que são os direitos de autor e da sua violação.

Antes, no entanto, queria deixar claro o seguinte:
1. Não vou fazer a defesa dos lesados;
2. Não vou fazer a defesa dos prevaricadores;
3. Vou apenas lançar algumas pistas para reflexão.
Feita que está a ressalva, começo por questionar a “legalidade” da transferência de ficheiros. São documentos que estão disponíveis na Internet, alguns publicitados e disponibilizados pelos autores dessas páginas. Não é necessário roubar, furtar, enganar, lograr, aldrabar ou qualquer outro acto fraudulento. Apenas digitar um www qualquer, clicar num link ao acaso e… já está. Ilegal, do meu leigo ponto de vista, é por exemplo, entrar numa base de dados de uma empresa e aceder a informação confidencial. Ou entrar por um banco adentro, via net, e mexer nas contas de clientes e desviar dinheiro. Para isto é necessário recorrer a um qualquer subterfúgio manhoso que referi anteriormente. Para mim, isto é que é ilegal.

Outra coisa estranhíssima que em tempos chegou ao meu conhecimento foi um abaixo-assinado, subscrito por um punhado de autores portugueses, a pedir mão pesada da justiça para quem transfere músicas da net. A lista, que deve ter sido patrocinada por uma ou várias editoras, incluía nomes como Ágata, Emanuel, Quinzinho de Portugal… Ora façam-me um favor! Com o devido respeito para os visados, quem é que no seu perfeito juízo iria sacar mp3 da Ágata? Trata-se de uma clara manipulação das editoras. Elas são as verdadeiras lesadas. Mas, para não admitir que pagam mal aos artistas, atiram-se contra os internautas, escudando-se neles e na violação dos seus direitos. Um CD tem um custo de produção muito baixo, uma vez que é produzido em série. O artista ganha um valor reduzido por cada um que seja vendido. O resto é amealhado pela editora. Claro que se o cantor ganhar, por exemplo, 0,10€ por cada CD, se vender um milhão de cópias lucra 100 mil €, se vender apenas a décima parte, ganha… a décima parte. E quem ganha o resto?

Na loja o disco custa à volta de 20€. Para quem estiver um bocadito atento a estas coisas, são as grandes empresas que se queixam de prejuízos enormes. Nunca ouviram um artista dizer que estava a perder dinheiro. Grandes profissionais que são, basta-lhes que tenham trabalho para que se sintam satisfeitos. E quanto mais gente estiver num concerto mais eles facturam. Porque ainda não é possível fazer download dum concerto em tempo real, temos mesmo que ir lá. E grande parte da sua popularidade vem do facto das empresas que lhes produzem e vendem os discos serem, dizem elas, roubadas descaradamente através da net. Os artistas tornam-se mais conhecidos e são bem mais divulgados desta forma. A net faz mais por alguns artistas que certos managers de meia tigela…

Se houvesse interesse em solucionar o problema, há muito que teria sido revista a lei dos direitos de autor. A máquina legislativa, a nível mundial, deixou-se ultrapassar pela tecnologia. Não acompanhou a evolução natural (Darwin teria certamente uma teoria para isto) e não sabe agora como lidar com a situação. Toda a gente paga para ter acesso à net, certo? Bem, então porque não direccionar parte desse dinheiro para as Sociedades de Autores de cada país, para que essas receitas fossem depois distribuídas pelos autores? Façam contas senhores. Imaginem 1€ por mês e por utilizador. Por cada milhão de utilizadores de Internet seria endereçado mensalmente 1 milhão de euros para as sociedades. Globalmente, quantos milhões de utilizadores existem? Pois é. Mas isso representava o fim do monopólio das editoras, tal como está. E, entre perder um ovo de vez em quando ou deixar matar a galinha dos ovos de ouro, é óbvio que ninguém está interessado que se acabe o bem bom e vão fazer de tudo para que ninguém toque numa pena da sua bichinha…

Não é demais lembrar a época que se avizinha e todo o cuidado que se deve ter na estrada. Se não o quiserem fazer por vós, façam-no pelos outros. Isso fará de vocês umas pessoas melhores.




Imagem retirada aleatoriamente da net.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Dano colateral

Afinal Camarate foi um atentado! Tantos anos depois, finalmente se chegou a uma conclusão. E finalmente se fez luz sobre o incidente. Ou será que só agora foi oportuno revelar a verdade? Eu voto nesta. A verdade é sempre incómoda. E incomodava muita gente se fosse tornada pública fora de tempo.

Agora que se sabe quem "fez a faca" falta saber quem deu a "facada". Ou melhor, falta oficializar. Isto porque os culpados já não podem ser julgados. Apenas pela opinião pública. Os tribunais, ineficazes durante mais de 20 convenientes anos, nada podem fazer agora que se sabe a verdade. E o julgamento da opinião pública pouco ou nada vale. O que podemos fazer? Chamar-lhes assassinos? Podemos. Mas de que vale?

O estilo terrorista de resolver as coisas, para além de injustificável sob qualquer pretexto, ainda tem a agravante de fazer vítimas inocentes. Sá Carneiro foi uma vítima inocente, não era ele o alvo, foi um dano colateral. E no local em que se deu a tragédia, bem maior podia ser o número de vítimas. Inocentes.

Dos fracos não reza a História. Francisco Sá Carneiro será sempre lembrado pelo que fez por Portugal, como Homem e como político. Os outros serão recordados como o bombista e o mandante. Dizem que os homens é que fazem a História mas, bem vistas as coisas, é a História que elege os Homens que quer perpetuar. E a julgar pelos factos, não se dá com qualquer um. Paz às suas almas. Agora podem descansar.

Imagem: Flor, de manuel marques

sábado, novembro 25, 2006

Gente burra!

Um gajo vê com cada uma!... Ontem fui com a patroa fazer umas compritas a uma grande superfície comercial da margem sul do Tejo. O Inverno está aí a chegar, o patrão já abriu os cordões à bolsa e eu estava de folga, por isso nada melhor que ir (antes que ele se acabe…) comprar umas roupinhas novas para o agasalho da família. Entrei no Fórum Montijo e devo dizer-vos que Deus foi bastante generoso com os empreendedores daquele espaço. Chovia lá dentro tal como chovia na rua. Pronto, admito que posso estar a exagerar um pouco, não rua não chovia assim tanto… Fomos andando por ali, de galochas (ou botas de combate a incêndio?!?) e guarda-chuva, até que entrámos na loja de roupas que, como não posso dizer o nome, digo apenas que é uma cadeia sueca, tem duas letras e um carácter ao meio, a primeira é um H, a segunda um M e o caractere é um &. A patroa escolheu uns trapinhos que lhe assentavam muito bem e dirigiu-se para os provadores. Ali, tipo guarda fronteiriça, estava uma flauzina, chupadinha das carochas, a dar umas senhas com o número de peças que os clientes iriam provar. Até aqui tudo bem, porque isto, hoje em dia, anda por aí muito filho de muita mãe e há gentalha que é capaz de roubar umas meias usadas (por judiaria ainda lhes apresento um certo cavalheiro). O que me indignou foi ouvi-la dizer a um casal que o marido não podia entrar dentro do provador, junto com a mulher.
“Por razões de segurança…”

Estúpida! Burra! Falsa! Porque não admitem logo que o que não querem que aconteça é aquilo que nós sabemos que eles sabem que acontece dentro das cabines? Cada um tem a sua tara e conheci uma amiga que a dela era em cima de uma moto, num cemitério. E há quem tenha a panca de o fazer numa cabine de provas. E, não querendo ser mais papista que o Papa, até porque também sou danadinho p’ra brincadeira, concordo com a medida. Afinal provam ali as suas roupas senhoras idosas (cuidado com as taquicárdias) e crianças e há que manter um certo respeito. Mas podia ser frontais e directos, sem recurso absurdo ao cinismo. Bem sei que quem acompanha de muito perto o nosso governo se sente tentado por vezes a seguir os exemplos mas nem todos os exemplos são bons exemplos. Bastava dizer a verdade.

Ainda por cima, para além de asna, a gaja era cega. A cliente estava grávida, logo não iam para ali fazer nada. Já vinha feito de casa. Quem me conhece sabe que, mal a pobre coitada largou o desabafo infeliz, eu lancei uma bocarra tão ou ainda mais foleira. Mal teve a oportunidade, respondeu indirectamente através de uma explicação forçada e esforçada a uma cliente que estudos tinham comprovado que, em caso de incêndio, as pessoas tinham maior probabilidade de morrer se estivessem aos pares dentro das cabines. Até já tinha acontecido, daí a medida de segurança aplicada. Eu posso comprovar que, de calças em baixo, nós Homens temos uma dificuldade acrescida em correr!...
Bem esse estudo… upa, upa. É dos mais capazes. Então e os caminhos de evacuação? E as saídas de emergência sinalizadas e desobstruídas? E as UP* desses mesmos caminhos e saídas? Estavam dentro das normas regulamentares? A arrumação dentro da loja favorecia a circulação normal das pessoas? E em caso de evacuação, a alteração das condições de circulação foi contemplada e prevista? Quem esteve lá dentro como eu estive verá que não. Para a próxima vez que abrir a boca, espero que seja por um motivo bem mais feliz. A ignorância de não “saber” ainda tolerável, a ignorância de “falar do que não se sabe” é absolutamente desprezível.

Mea culpa. Disse anteriormente que as mulheres não tinham uma coisa indispensável, o manual de instruções. Lapso lamentável da minha parte. A net veio mostrar que eu estava errado. As minhas humildes desculpas.

http://www.guia-feminina.com/anatomia-sexual-feminina/anatomia-sexual-feminina.html


*UP – Unidades de Passagem

segunda-feira, novembro 20, 2006

Raios e coriscos

Alguém ouviu falar daquela gaja que deixou morrer o filho deficiente á fome? Isto há cerca de 18 anos? Fugiu logo após o sucedido, reapareceu agora, entregou-se voluntariamente à justiça e vai finalmente ser julgada. Anda no ar a conversa acerca do aborto. Desdobram-se agora os intelectuais em estudos de opinião e outros que tais. Toda a gente sabe falar do aborto, todos têm clara noção do que falam, enfim, uns verdadeiros experts na matéria. Ou serão especialistas? Enfim, avancemos…

A igreja opõe-se, de forma determinada, quase autista, contra o aborto. Porque há vida num feto, porque há a promessa de vida, porque há a esperança de vida. Compreendo, em parte, a posição da igreja MAS os ensinamentos religiosos também nos dizem para fazer sempre o que está certo e amar ao próximo como a nós próprios. Ora bem, se aquela fulana, nascida sem o dom de amar, foi capaz de parir um filho e rejeitá-lo, porque era deficiente ou apenas porque sim, seria preferível que tivesse feito um aborto! O mundo não seria decerto um sítio melhor só por causa disso (ainda ficávamos com o Sócrates, o velho dos Clérigos, essa figura da mafiologia – perdão, mitologia – portuguesa e outros tantos que vocês sabem que eu sei que vocês sabem quem são) mas hoje não estaríamos a lamentar um acto bárbaro daqueles. Nem um inocente teria morrido de forma tão macabra e desumana. Nem a gaja estaria a ser julgada. Tê-lo feito naquela altura teria sido um acto de amor. Amor por si e amor ao próximo. Ou talvez porque estivesse certo…

Quem também já deve andar ás voltas com esta conversa toda é Sua Santidade o Cardeal de Lisboa. Um homem daqueles com H, uma alma sem limites na bondade, na fé e no amor divino. Mas é humano e como tal tem, como ele próprio disse uma vez, um pequeno “pecadilho”. Fuma. E todos nós sabemos que o tabaco mata. Logo, por associação de ideias, atenta contra a vida Humana. E este pormenor de ter um representante (e que representante, afinal é tido como elegível para Papa) da igreja a condenar os actos que atentam contra a vida Humana que PRATICA também ele actos com propósito semelhante, não passou despercebido a um defensor do SIM. Disse-o numa reportagem na televisão para toda a gente ouvir. E reflectir. A verdade é uma faca de dois gumes. E Jesus, quando interpelou em defesa de Maria Madalena disse:
“ O primeiro de vós que nunca pecou que atire a primeira pedra!”. Obviamente que este tema vai muito para além disso mas, ainda assim merecem reflexão estas palavras. Às vezes não basta batalhar por batalhar, porque se tem uma imagem ou ideia a defender ou porque se segue um rebanho. Deve batalhar-se sempre por aquilo em que se acredita. De coração.

Hoje trago à vossa presença um video de um rapaz cheio de graça (qualquer dia falo sobre ele) que fez um anúncio para um banco. Está espectacular.






Imagem retirada aleatoriamente da net.

quinta-feira, novembro 16, 2006

A pensar na vida...

Estou particularmente sensível hoje... Sinto um tal estado de graça que nem me apetece falar mal de ninguém. Que se lixe o (mau) governo do Socrates, as baboseiras do velho do porto, a apreensão dos bens do outro, eu quero lá saber! Há dias em que tudo muda, de repente. E parece que tudo o que já sabíamos, afinal não era nada. Ouvi em tempos uma frase que me deu que pensar e me acompanha desde essa altura.

"Quando pensamos que já conhecemos todas as respostas, vem o destino e muda as perguntas."

Que verdade tão absoluta, não é? Nós devemos fazer da vida uma interrogação constante, nunca devemos desistir de procurar. Não nos podemos entregar aos dados adquiridos. Porque o destino muda as regras do jogo quando menos esperamos e se não mantivermos este espírito de busca incessante, se baixarmos a guarda, somos apanhados desprevenidos. Nós nunca sabemos as respostas todas. Nunca ninguém saberá todas as respostas. A verdade nunca terá dono. Quanto mais soubermos, mais teremos que aprender. É a lei da vida.
A mesma vida que nos oferece dias bonitos. Como o de hoje!...


Que tal uma animaçãozita? Eu sei que vocês gostam... E em certos dias da semana até as novelas da patroa vocês papam. Ou é a novela ou é aquilo que também se faz com bacalhau. Vão por mim, até que há novelas giras...

P.S.: A animaçãozita foi retirada a 7 de Janeiro de 2007 porque a mesma violava os direitos de autor.

Imagem tirada aleatóriamnte da net

terça-feira, novembro 14, 2006

Contos de fadas

Para não dizerem que sou má-língua, hoje vou dizer bem! Isso mesmo, leram correctamente, vou dizer bem. E vou falar bem de alguém de quem até já disse mal. Vou falar outra vez do Zidane. Li no fim-de-semana que ele foi ao Bangladesh, um país do terceiro mundo, a convite do Prémio Nobel da Paz, inaugurar uma fábrica de iogurtes. Acho que não posso falar de marcas mas os fins justificam os meios e, por isso, sinto que devo dizer o nome. A Danone associou-se ao Garmeen Bank, do Sr. Muhammad Yunus e implementou uma fábrica que a curto prazo irá lançar no mercado iogurtes a baixo preço, dirigidos à população (a quase totalidade) pobre. E o Zizou esteve lá para apoiar. Que bem que lhe fica. E ainda se voluntariou para treinar a selecção nacional desse país. Uma coisa será certa: está no papo o recorde de golos marcados… de cabeça! E a vitória não lhes escapará se o resultado for discutido… à cabeçada! Ups… Desculpem, foi mais forte que eu.

Outra coisa que li e não gostei nada foi um artigo em que dizia que a Filipa Gonçalves fez o casting (e ao que parece, foi aprovada) para ser a imagem de uma marca conhecidíssima e acabou por ser rejeitada porque, pasme-se, deve haver por aí mulheres mais bonitas que uma rapariga que já foi homem! Ela que é modelo profissional, desfila em passerelles nacionais e estrangeiras, até pintou o cabelo de loiro para ficar mais parecida com a Paris Hilton (imagem da marca nos States) foi rejeitada por um preconceito?!?... Francamente! Estes gajos deviam ter vergonha na cara. Eu sei que o passado conta e somos hoje o reflexo do que fomos ontem e trabalharemos hoje a nossa imagem de amanhã. Mas acho que está na altura de passar à frente nesta matéria. Este assunto foi gasto até à exaustão, já foi dito e escrito tudo o que havia para dizer e escrever. Deixem a moça em paz. Que moral tem uma marca que tem a Paris como imagem para alvitrar seja o que for acerca de uma pessoa? Ou será que há por aí uma pontinha de inveja?... O que me dana nesta merda toda são estes falsos moralistas, armados em cão com pulgas, cheios de puritanismos e depois é vê-los, altas horas da noite, a passear no Parque Eduardo VII e outros locais de culto que não conheço mas tenho ouvido falar. Pelo menos a rapariga já é mesmo rapariga. Aqueles que eles procuram lá, segundo se consta, ainda não são. Alguns nem sequer pensaram nisso… Será que esta gente não tem mais o que fazer?

Para terminar, uma charada. Uma bem fácil. Qual é a melhor coisa que um governo sem rei nem roque pode desejar para encurtar o défice? GREVE!!! Isso mesmo, uma greve de dois dias, duas vezes por mês. Com a que aconteceu a semana passada o governo poupou cerca de 93 milhões de euros. Assim, feitas as contas, ao fim de cada ano pouparia 2 232 milhões de euros. No final do mandato o ganho seria de 8 928 milhões de euros. Eh pá, é muito euro! Nem o euromilhões conseguia um feito destes. Acabava com o défice num instante. E o povo acabava por se habituar às greves. E ao lixo acumulado (assim como assim, eles vêm retirá-lo ao fim de semana por causa das horitas extra.). E às consultas, marcadas há mais de um ano e que afinal não se realizam (os médicos não fazem só greve, também são convidados para uns coloquiozitos… nas Maldivas e assim). E ali ao segundo, terceiro mês, a malta já nem reparava. E se formos a medir pelo serviço que prestam nalgumas repartições, é garantido o que estou a dizer, não damos pela falta deles. O que me faz alguma confusão é perceber como é que um governo que não sabe exactamente quantos empregados tem, consegue afiançar quanto paga (ou quanto não paga, neste caso) a esses mesmos trabalhadores. Este país é um fenómeno.
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Imagens retiradas aleatóriamente da net

quarta-feira, novembro 08, 2006

Igualdade social, precisa-se!

Há dias, enquanto aguardava para ser atendido num balcão público (serviço rápido, acabei de chegar…) ouvi alguém lamentar-se que os ciganos é que mandavam nisto tudo. Eles tinham rendimento mínimo, habitação social, grandes carros e toda a gente lhes dava o ámen. Contava ele que presenciou uma situação em o homem da família deu um murro na mesa e, num ápice, a resposta que estava a ser repetida há cerca de meia hora:
“Não lhe podemos conceder esse empréstimo”, rapidamente se converteu em:
“Terá o dinheiro disponível na conta ainda hoje.” Outro exemplo, dizia ele, foi a amiga da prima da enteada da mulher do cunhado do carteiro, que viu a senhora da segurança social passar para o topo da pilha (enorme) de pedidos de rendimento mínimo um pedido que ele afiança ser de ciganos. A dita senhora protestou mas foi a única. E calou-se quando o senhor beneficiário se levantou direito a ela. Para rematar a “estória”, ao bom estilo “Hollywoodesco”, a senhora jura a pés juntos que à saída a família entrou toda dentro de um carro de alta cilindrada. Que estava estacionado em cima do passeio. De frente ao tribunal. Nas barbas de um polícia.

Todos nós já ouvimos “estórias” destas e sabemos o que têm de verdade e de ficção. Fazendo as devidas ressalvas, pois estou a contar algo que ouvi dizer, isto dá realmente que pensar. Eu sei que sou um pouco palerma e que existem no nosso país inúmeros especialistas com capacidade para resolver este problema das desigualdades e da descriminação. Porque se trata de um problema de descriminação para com o povo cigano que não está a ser tratado como os demais Portugueses. Nisto concordamos todos, não concordamos? Pois eu tenho a solução!

Declaração de rendimentos! Não, não lhe estou a pedir que vá mostrar-me a sua, estou apenas e só a apontar a solução para este problema de desigualdades. Quem quisesse comprar uma casa, apresentava a Declaração. Quem quisesse comprar um carro, apresentava a Declaração. Quem quisesse candidatar-se ao tal rendimento, apresentava a Declaração. Quem quisesse ir morar para uma casita social, apresentava a Declaração. Quem quisesse etc. (usem a imaginação), apresentava a Declaração. Mesmo que viesse com o dinheiro vivo, lavadinho e a cheirar a novo. Era o fim absoluto de todas as desigualdades. Porque o primeiro indício para a desigualdade é a desconfiança. E assim acabava-se com a desconfiança, meus amigos. Quando víssemos alguém com casa nova saberíamos que teve posses para a comprar. Quando alguém voasse numa bomba topo de gama do último modelo, saberíamos que teve condições para a adquirir. Acabavam as dúvidas. E garanto que o povo cigano iria ficar muito mais descansado, sabendo que já não era descriminado. Que já não tinha tratamento diferenciado na sociedade, que era um Português como qualquer outro. Mas isto sou eu a falar e não percebo nada disto. Porque se a apresentação da Declaração (como já se usa noutros países europeus, obviamente mais atrasados que nós) fosse realmente a panaceia para estes males, já os especialistas do nosso Portugal teriam implementado a medida. Não acham?

Já que falamos de máquinas, foge-me o coração (não a razão, devo confessar) para este vídeo. O renascer de uma velha lenda. Uma apresentação, no mínimo, electrizante! Uma entrada triunfal que espero que gostem.



Imagem tirada aleatóriamnte da net

sábado, novembro 04, 2006

Notas soltas

As mulheres e a TV.
Porque hoje é sábado, apetece-me divagar sobre alguns temas da actualidade. Hoje assisti a uma conversa, já com barbas e sem fim à vista que de tão antiga se mantém actual. Para alguém mais conservador pode tratar-se de uma conversa sexista. Para mim é apenas mais uma trivialidade. Um grupo de amigos conversava animadamente e, a páginas tantas, um dos oradores lamentava-se que não há, ainda, forma de se compreender as mulheres.
“As mulheres são mais pela inteligência enquanto que os homens são mais pela força bruta” – dizia uma senhora.
Houve um dos cavalheiros que de imediato discordou. E concluiu com uma ideia de génio, daquelas que não lembram a ninguém:
“A mulheres deviam nascer com manual de instruções. Afinal até uma televisão trás um…” A plateia feminina não concordou com a comparação. Eu também não. Que grande injustiça! Ora essa, coitadas das televisões…


A maldita cocaína.
Hoje li um jornal mal amado que não estou habituado a ler. Não pelo facto de ser mal amado mas porque tenho outros hábitos de leitura e outro jornal de eleição. É a vida. Mas porque hoje não tive acesso a um, li o outro. Acontece muito a quem, como eu, lê os jornais que os outros compram. Polémico ou não, o que é certo é que lá vai metendo o dedinho, com jeitinho para não aleijar, mas metendo. Todo até ao nó. Na última página fazia referência a um programa da TVI, o “Clube dos morangos”, onde foi abordado o tema da droga. Dizia o jornal que não foi feita qualquer menção ao actor da série que morreu.

Paz aos mortos. Mas…

Diz a TVI que quis respeitar a memória do jovem e preservar a sua família (terá sido por isso que o enterro teve honras de directo, ao melhor estilo BB?) e por essa razão não quer falar de especulações. Especulações? Foi tornado público o resultado da autópsia… O jovem tinha consumido cocaína. O papel que se espera da televisão é também um papel educacional, na medida em que ajuda a formar opiniões. E se os jovens seguem com tanto entusiasmo a série, seria de todo importante dizer-lhes que há bons e maus exemplos. Uns que devem seguir e outros que devem evitar. Talvez se a TVI tivesse assumido uma posição mais madura, o que aconteceu não teria sido em vão e caído, mais cedo ou mais tarde, no esquecimento.


Hilário e o outro.
Então não é que o italiano se passou da marmita? Foi discutir com o José Mourinho! Ficou gagá, só pode… Antes de mais, não se discutem as ordens de um superior. Quando se trata do mister, muito menos. Se alguém sabe o que faz é ele. Ninguém faz como ele. Nem melhor que ele. Isto um dia acaba e ele tem perfeita noção disso. E talvez por saber isso, gere o sucesso (que no seu caso é em toda a linha) de uma forma muito inteligente. Agora a atitude do italiano não se percebe… Não quer ser suplente. Quando o Cech era titular ele estava bem como suplente. Pelo menos, não reclamava. Agora que o Hilário está em grande recusa-se a ficar sentado a ver jogar. Trata-se de uma atitude que até pode por em causa o orgulho nacional. Afinal qual é o problema do gajo? Começou a miar por ser preterido por um Português? Quer dizer, nós andamos muito mal, temos muitas saudades do tempo da Padeira mas não é o fim do mundo ser trocado por um Português. O momento do Hilário só vem confirmar que aquela é uma grande equipa, recheada de bons jogadores e que não há craques de primeira, segunda e terceira categoria. São grandes profissionais que trabalham diariamente com afinco e dão o melhor pela camisola que vestem. Homem com H que com a mesma humildade que integra um grupo como terceiro guarda-redes, assim assume a titularidade. E, se amanhã, o José lhe disser que volta para o banco, continuará a trabalhar da mesma forma honesta e dedicada como até aqui. Qual é o problema daquele italiano? Ser Português tem destas coisas e o sucesso causa inveja. Grande Hilário. A seguir, a selecção? Por mim, desde que não volte para o porto, venha pois vem por bem.


Um recado.
Não sou muito destas coisas. Não gosto de mandar recados. Mas este é inevitável e vai direitinho para alguém que sabe exactamente do que estou a falar. As acções são para quem as pratica. Não podemos apontar o dedo a quem quer que seja se fazemos igual ou pior. Quando nós erramos que moral nos assiste para julgar? Aceitem um conselho de quem faz do veneno o seu cunho pessoal. Mais vale ter uma para dar que duas para levar. Se querem atirar com alguma coisa à cara de alguém têm que estar seguros que esse alguém não irá ripostar. E, segundo um provérbio chinês, se não queres que se saiba não o faças! Por isso eu prefiro sempre fazer a minha parte. Depois cobro quando a outra parte não retribui de igual forma. Com juros. Podem dizer que sou sacana. Talvez. Mas parecendo que não, facilita.

domingo, outubro 29, 2006

Aquele inverno...

Fui convidado para um almoço de confraternização de antigos militares que serviram em Angola. Fui pelos laços familiares que me unem a um desses Homens. E porque sempre tive alguma curiosidade em saber o que se passa num evento assim. O que vi, não tendo nada de surreal nem de extraordinário, marcou-me e mudou a minha maneira de ver as coisas.

Do que se ouve dizer sobre quem esteve no Ultramar, ressalta quase sempre o horror e o trauma que se entranhou na pele e nas vidas desses militares. São, muitas vezes, relatos na primeira pessoa ou de quem acompanhou de muito perto a guerra colonial. Vi naquela sala muitos rostos, velhos do tempo mas serenos de saber. Serenos demais para mim. Olhava aqueles rostos sorridentes e perguntava-me que sofrimento esconderiam. Muitos de nós éramos novos de mais para saber o que sofreram estes meninos, acabados de ser Homens e mandados para uma guerra que não escolheram. Nenhuma guerra faz sentido e esta também não fez. Deixou atrás de si um rasto de destruição material e humana. As famílias que os viram partir morreram um pouco e continuaram a morrer quando os viram regressar transtornados. Morrendo um pouco cada dia. E como deve doer essa morte que acontece em vida, que se prolonga no tempo, na agonia dos dias que não passam e teimam em trazer à memória traços tristes de um quadro que não se consegue esquecer.

Estavam reunidas três gerações ao redor das mesas. A melhor homenagem que lhes pode ser prestada é esta. A família toda reunida como forma de agradecimento. É pouco, dirão alguns. Concordo. Mas se todos fizerem a sua parte, se pelo menos a sua principal fortaleza e refúgio for fazendo a sua parte, eles podem sentir que, ainda que obrigados, não foram em vão.

Detive-me por momentos a observar um grupo que olhava um álbum de fotografias e desfiava histórias, vividas no calor da batalha e tantas vezes repetidas naqueles encontros. Contadas com o entusiasmo com que foram sentidas. Como se fossem contadas pela primeira vez. Veio-me á cabeça vezes sem conta aquela canção dos Delfins.
“Para eles aquele Inverno, será sempre aquele inferno…”

Foi uma grande lição de vida a que aprendi naquele momento. Ver rostos que penaram sabe Deus quanto a sorrir, a olhar de frente para vida, num permanente desafio, mostrou-me quão mesquinho é o sentimento de impotência que às vezes me assola e me faz querer desistir disto ou daquilo. Se calhar o problema é esse. Desistimos com muita facilidade, não damos luta.

Este é bastante violento, pelo discurso do único responsável pelas mortes. Ouçam o discurso com atenção. A mim apetecia-me gritar-lhe "filho da...". Mas por respeito aos mortos e porque alguém tem que ter vergonha, não o faço! http://www.youtube.com/watch?v=_vurLtLNefg


Ecos do 25 de Abril, a ocupação dos TLP. Sopraram, enfim, os ventos da mudança. http://www.youtube.com/watch?v=d4mSP--gyYw


O som está um pouco baixo ao início mas creio que toda a gente reconhece o HINO. Até arrepia... http://www.youtube.com/watch?v=3wAAEOsphso


A homenagem. Merecida. http://www.youtube.com/watch?v=MFBX-7ajTgM


Imagem: La guernica, Pablo Picasso

sábado, outubro 28, 2006

O bem e o mal: toda a verdade!

Esta coisa do bem e do mal tem que se lhe diga. Foi das primeiras coisas de merchandising que alguém se lembrou de inventar. A promoção da luta entre as partes desavindas mobilizou culturas, gentes, religiões e constitui ainda hoje o eixo nevrálgico da nossa existência. E, consta-se, chegou a render muito dinheirinho.

Há dias um amigo meu dizia-se de pé atrás com o novo namorado da irmã. Não vou comentar isto até porque tive a oportunidade de, logo ali, expressar a minha opinião respeitando a dele. O que aqui me trás é a ilação, precipitada e leviana, que se pode tirar do que lhe respondeu outro amigo envolvido na conversa:
“É pá, o gajo não é mau tipo, não anda na droga, nem nada disso…”

Pronto. Já está. A partir de agora designa-se a qualidade da pessoa pelo facto de andar na droga ou não. O tipo dá umas passas, é mau. Não dá umas passas é bom. Simples, não é? Digam lá a esses tipos que continuam a impingir o tal wrestling que se pode fazer o teste com um charro. E a contra-análise pode ser com um sniff de coca. É prático. A malta que faz o controle, tipo pessoal da alfândega ou coisa parecida, trás um chamonzito em kit, hermético e higienizado, chega-se à beira dos desavindos e faz o teste:
“Ora faça o obséquio de chupar aqui no chamonzito, faz favor. Isso, encha bem o peito. Agora trave. Vomecê parece um sapo. Pode expelir o fumo.”
Caso o indivíduo requeira a contra-análise, é só acompanhá-lo a uma sala de chuto e aguardar o resultado. Doravante, ninguém mais terá dúvidas.

Já sei o que vocês estão a pensar. Que merda terá andado a fumar aquele austríaco que queria ser alemão? Bem aquilo bateu-lhe bem. E todos os outros, são tantos que nem vou mencionar nomes (podia esquecer algum e não quero desagradar a essa gente…), também lhe deram bem.

Não quero aqui fazer a exaltação da droga. Talvez um destes dias venha dizer o que penso da despenalização do consumo. Tenho plena consciência, porque conheço casos de vida, dos efeitos nefastos das drogas e da forma abrupta, fria e impiedosa com que destroem famílias. Mas o estigma está de tal forma enraizado que é isto. Na minha juventude, se um adolescente deixasse crescer o cabelo, era drogado. Se pusesse brinco, era drogado. Imagino, naquela época, alguém que lhes cruzasse o caminho, cravado de piercings:
“ Compadre, ali vai o traficante!” Nem todos os drogados são maus nem tampouco são bons todos os não drogados. Há por aí muito filho da puta que nem sabe o que é uma aspirina…

Esta mania, tão humana afinal, que temos de alvitrar juízos de valor sobre terceiros, deve ser usada com moderação. Parafraseando alguém, uma vez que não conseguimos eliminar o risco, vamos limitar as consequências dos danos. Chama-se a isto prevenção. E tem como aplicação prática, o respeito pelo próximo que é bonito e conserva os dentes…

Hoje não me apetece dar-vos música. Tou armado em mau, foi do Benuron… Em vez disso dou-vos cinema. Português. Apreciado, elogiado e babado no estrangeiro. Alice de seu nome.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Hoje não


Hoje não me apetece escrever. Não estou para aí virado. Uma crise de inspiração. Será? Talvez sim. Talvez não. Talvez nim...

Hoje não me apetece. E não é por falta de assunto pois para quem vive num país de especialistas, assunto não falta. É mesmo uma crise de falta de pachorra. Nunca vos aconteceu, ter o que fazer mas não ter vontade nenhuma?... Digam-me, vão descobrir maravilhas sobre a vossa prórpia personalidade. Eu dava o exemplo, mas... nah!, hoje não vai.

Amanhã talvez.

Vou curtir um pouco desta moçoila:

http://www.youtube.com/watch?v=F-Hlw76xR5c


Imagem tirada aleatóriamente da net.

terça-feira, outubro 24, 2006

Ainda bem


Fiquei a saber recentemente que não houve culpados na tragédia de Entre-os-Rios. Ora ainda bem. Paz à alma das pessoas que pereceram num acidente hediondo e aos familiares que sofrem com a sua ausência. Os meus sentidos e sinceros respeitos. Mas mantenho o meu "ainda bem". Se não digam-me, nunca tiveram a sensação de estar num lugar ao qual sentem que não pertencem? Ou de olhar para alguém, numa determinada situação ou lugar e pensarem:
“O que está ali afazer aquele fulano?”

Eu confesso que sempre olhei para os arguidos de Entre-os-Rios com esta sensação. Aqueles senhores não pertencem ali. O que se pretendia era julgar os verdadeiros responsáveis. Aqueles sobre quem recaía a responsabilidade máxima da conservação da ponte. E em todas as hierarquias existem patamares. Se eu for pedir emprego a uma empresa, por exemplo, não o peço à giraça da recepcionista. Coitada. Acima dela tem o chefe de secção. Acima deste tem o chefe de pessoal. Acima deste o chefe de departamento. Acima deste o chefe de Recursos Humanos. Acima deste o Presidente do Conselho. Acima deste tem o Director Geral. Quem me irá dar a resposta, se tenho ou não o meu empregozito não é ela. A decisão virá de muito acima dela, provavelmente do topo. Então para que vou eu perder o meu tempo com a recepcionista? Endereço o meu pedido ao Director Geral e ele delegará em alguém a tarefa de me responder. As hierarquias funcionam assim.

Por isso eu insisto. Foi uma perda de tempo julgar as recepcionistas. Não faziam parte daquele filme. Provavelmente nem fizeram parte das inúmeras fotos de família, tiradas pelo mais insignificante motivo. Mas ainda assim acabaram no banco dos réus. Será pela inerência de funções, pelo facto de darem a cara pela empresa? Eu concordo com a ideia de julgar o que aconteceu naquele dia triste. E ainda espero que esse julgamento aconteça.

Descobri também (deram-me a dica…) que o presidente do Steua de Bucareste oferece uma pipa de massa para quem quiser ficar com o guarda-redes Carlos. Ora aí está uma bela ideia para um certo aglomerado nortenho, gerido por idosos (desbocados ou senis, a escolha é sua), para despachar uma ex-glória das redes nacionais. Se não aproveitam o ensejo, ainda fica para mobília. É sem dúvida uma medida das mais capazes, principalmente para fazer frente ao surto de gripe da aves que, mais dia menos dia, vem cá ter.

Hoje a música é outra: http://www.youtube.com/watch?v=iucCIOVIdLo
O que é nacional também é bom e é reconhecido de vez em quando por gente conceituada. Parabéns Rita.


Foto de manuel marques publicada com autorização escrita do autor.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Desabafos


Ontem foi um dia terrível. Não choveu nem fez sol, ficou-se por aquela chuva miudinha, tipo molha tolos. E, tolo fui, que insisti em sair à rua. Tinha compromissos e, quando se tem palavra, honramos sempre os nossos compromissos. À noite, refastelei-me no sofá e enquanto esperava pelo Herman (sou fã, o que posso eu fazer?), fui levando com as “Lamúrias da Júlia” nome fictício mas que bem podia ilustrar o género. Eu bem sei que tinha outras alternativas mas quis agradar à patroa… E ainda bem, digo eu, que fui ficando. A páginas tantas o Maestro, citando Fernando Pessoa, diz algo parecido com isto:
“Um especialista é alguém que não sabe fazer coisa nenhuma e vive dessa ciência!”

Ai se eu vos contasse que sei de um sítio… Crescem como cogumelos. A frase tem realmente muito significado e é muito actual. Ele é especialistas na função pública, nos hospitais, nos mais variados sectores da nossa administração pública, até perece que vivemos num país de especialistas. Reconheço que em cada um destes pontos que referi e outros que possam estar implícitos, existem profissionais altamente qualificados. Mas lá está, são profissionais, não são especialistas...

Existem frases célebres cheias de sentido mas devo admitir, umas têm mais que outras. Falarei disso num próximo desabafo.
Ah! cabeça a minha, o Glorioso ganhou. Foi um jogo difícil mas cumpriram-se os principais objectivos delineados: os três pontos foram amealhados, parabéns ao Benfica; O espectáculo foi arruinado com tanta expulsão, parabéns ao árbrito; O Miccoli não joga no dragão, parabéns a quem deu o investimento por bem empregue...
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Vou de abalada mas deixo aqui mais uma coisita para verem:
Isto é muito bonito, ouve-se tão bem quanto fica no ouvido. E as miudas da plateia parecem adorar...
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Foto tirada no Gerês, por manuel marques

sexta-feira, outubro 20, 2006

Négocio ou talvez não...

Vou falar de um assunto delicado. E vou acabar também por expressar a minha opinião, afinal o blogue é meu. Razão tem uma certa deputada comunista, senhora de uma reputada sapiência e por quem este “social-democrata de ideias”, nutre uma sublime admiração. Li hoje num jornal da nossa praça que já se prepara o negócio do aborto. Estava lá, em letras grandes, para que não houvesse dúvida. O cinismo a que chegámos.

Não vou dizer que a culpa é do governo. A culpa é de todos nós que democraticamente contribuímos para um governo assim (e cada um tem o que merece). Isto podia estar resolvido há anos. Mas não, é muito mais giro perseguir as mulheres. Afinal, os tipos da inquisição também não andavam atrás das pessoas? Está na moda. Para as mulheres até que é bem feito. Em vez de terem feito aquilo… coiso e tal… vocês sabem… deviam, sei lá, molestar umas criancitas, comprado um saco azul ou soprado um apito colorido. Não havia justiça que as importunasse. Mas pronto, são umas teimosas e querem antes tirar algo que sentem que não lhes pertence. Que não têm condições para dar vida, que não desejaram porque lhes foi imposto da pior forma, sob ameaça. E por isso, são condenadas.

O debate tem que ser feito, sem dúvida. Que seja feito sem hipocrisias, com ideias claras, esclarecedoras. Vamos pensar nas mulheres como seres Humanos. Estou convicto que o SIM irá ganhar. Eu vou contribuir para isso. Faço-o de consciência e desafio todos a fazê-lo. SIM ou NÃO, importa que seja em consciência. Arrastar esta saga apenas irá molestar. Abre feridas em vez de as sarar. Amplia fossos em vez de os unir. Separa em vez de aproximar. Nenhuma sociedade se pode auto-proclamar justa quando persegue mulheres desta forma.

Fazem-se, sempre se fizeram, desmanchos no vão da escada, com mezinhas e métodos que por vezes põem em risco a vida das mães. Para lá de todas as discussões académicas, morais, puritanas e que tais, podemos dar finalmente uma oportunidade de melhores condições, de higiene e segurança a quem opte por esta via. Ao fim e ao cabo trata-se de um acto médico, como tal deve ser feito com dignidade e aptidão. Pode ser um negócio sim, mas tem alma e rosto Humano. Respeito os defensores do NÃO mas, aqui para nós quem ninguém nos lê, qual é a parte de que se-não-o-fizerem-aqui-fazem-em-Espanha-que-ainda-não-perceberam?

Aliás, o negócio é tão rentável para as clínicas espanholas que algumas já estão a mudar-se de armas e bagagens para cá. Grande sentido de oportunidade têm estes gajos! Vêm a possibilidade de o dinheiro lhes fugir e já estão a pensar em vir atrás dele. No centro desta polémica estão e estarão sempre as mulheres, seres Humanos transformados em mercadorias ou produto de uma qualquer prestação de serviço. Quanto mais depressa acabar a novela do referendo mais depressa isto serena. E paz precisa-se. Para o bem de todos.

Eu não queria, confesso que não queria, mas tenho que deixar aqui no ar uma perguntita… Será que um país que ainda não conseguiu resolver esta questão sócio/legal/moral com as mulheres que abortam está preparado para um TGV? A mania que nós temos, esta coisa das grandezas… Queremos ter um TGV porque está na moda mas não conseguimos resolver uma questão tão mais pertinente e importante para o desenvolvimento harmonioso de uma nação: as liberdades e garantias das suas gentes.
Pois eu acho que sei para que querem eles o TGV a rolar o mais rápido possível. É que assim, caso o NÃO ganhe, as mulheres podem ir a Espanha muito mais rapidamente e voltar no mesmo dia. E de caminho ainda fazem um aborto. Antigamente iam aos caramelos a Badajoz… Modernices!
Hoje acrescento uma coisita para irem espreitar. Estes tipos gostam muito de U2 e isso nota-se... ouve-se muito bem. http://www.youtube.com/watch?v=vZuS6aGcmjA

Imagem: "A criação", Miguel Ângelo

terça-feira, outubro 17, 2006

Coisas da bola


Eu até tremo cada vez que penso abrir a boca acerca deste assunto. Confesso que não sou um grande entendido nesta matéria. Tenho o meu know how, tanto de comentador como de jogador mas reconheço que há, por esse mundo fora, gente muito mais creditada que eu para falar e jogar futebol. Como jogador sou um polivalente. Sou um guarda-redes exímio sempre que a minha equipa ataca e um ponta de lança "matador" quando a minha equipa se entretém a defender. Já a discursar sobre este nobre desporto de massas (mudámos de escudos para euros mas continua a ser um assunto de massa, muita massa) também não me dou mal. Já agora, antes de continuar, alguém viu por aí a Padeira de Aljubarrota? Não? Bem, continuando, devo dizer que sou BENFIQUISTA. Sem querer ferir susceptibilidades, nem querer ser tendencioso posso também afirmar que se trata só e apenas do melhor clube do mundo. Mas também sou capaz de falar de outros clubes. O meu guarda-redes de eleição é o Ricardo que joga e defende (MUITO BEM) as redes do sporting. O porto também tem uma série de coisas fantásticas, a saber: 3 pontes sobre o Douro e uma carrada de placas a dizer Lisboa!
Mas isto sou eu a desabafar porque não sei mais que isto e até sou um bocado palerma quando, ás vezes, entram na conversa verdadeiras autoridades sobre futebol ou a conversa entra em terrenos VIP, reservados a verdadeiros connaisseurs da arte de jogar, ver, avaliar e opinar sobre a bola. Os jornalistas.

Os jornalistas sabem tudo sobre futebol. Não é novidade. Mecânicos sabem tudo sobre motores. Sapateiros sabem tudo sobre sapatos. Vizinha do 2.º esquerdo sabe tudo sobre os outros condóminos. É a lei natural das coisas. Por isso mesmo não espanta que sejam jornalistas a avaliar a prestação de jogadores de futebol com vista a eleger o melhor de entre eles. Desculpem a insistência e até a falta de oportunidade do assunto mas, de certeza que não sabem onde está a Padeira?...

Li recentemente que estão 3 Portugueses na lista para a "Bola de Ouro" da revista France Football. Até já isto não me surpreende. Nos últimos anos fomos pródigos em sucessos desportivos vários, maus governos e jogadores de encher estádios e fazer as delícias de multidões. Por isso quase que apetece dizer que o Tiago, o Deco e o Cristiano Ronaldo estão lá porque sim. Mais nada. Ai dessa conceituada publicação se se tivesse esquecido de os incluir. Eles merecem, pelo que fizeram e ainda fazem pelos seus clubes e pela nossa selecção. Sou fã do Cristiano mas gostava de ver o Deco consagrar a carreira. O puto é novo e vai ainda arrebatar muitas daquelas e outras que se lhe cruzem no caminho. O que realmente me preocupa é como é que este prémio é atribuído e, neste capítulo, peço encarecidamente ajuda a alguém mais entendido que eu. Se for o povo a votar fico mais descansado porque o povo sabe o faz quando se trata de votar. Agora se forem os jornalistas... Nada tenho contra os Jornalistas e respeito muito o trabalho deles. Mas quanto aos jornalistas, tenho dúvidas, pronto. Podem ser tecnicamente perfeitos e habilitados mas, convenhamos, gente que dá um prémio ao Zidane nas circunstâncias que o mundo presenciou, é gente muito mal formada. E era aqui que entrava a Padeira. Ai se ela cá estivesse... O Zidane é um bom jogador mas mostrou ali, naqueles segundos, que é um ser humano mal formado. Ele tem responsabilidades como figura pública, é um ídolo de crianças que daqui para a frente se vão sentir tentadas a resolver diferendos à cabeçada.
"Roubaste-me o berlinde!..." Tungas, uma cabeçada.
"Passaste-me à frente!..." Tungas, outra cabeçada.
Retratou-se perante as crianças e por isso ainda me merece crédito a sua carreira mas esse facto não apaga aquilo que eu vi. Terá sido a primeira vez que alguém lhe disse coisas feias em campo? Todos nós sabemos que em campo, os jogadores chamam tudo ao pai, à mãe, à irmã, ao periquito, coisas que às vezes nem vêm no dicionário. O próprio, nunca terá, em tantos anos de futebol, chamado coisas pouco abonatórias aos outros companheiros de jogo? Para mim não se justifica e não tem perdão.

Se forem os mesmos jornalistas a votar até consigo ver daqui o Zouzou a escrever e ensaiar o discurso de agradecimento. Já se baniram do futebol personalidades por muito menos mas parece que em relação a este craque as coisas têm tendência a florir. E no final ainda vão todos pedir desculpas ao homem e passar-lhe com a mão suavemente pela cabeça (recomendo que o façam quando ele estiver a dormir...). Volta Padeira, estás perdoada.

Foto encontrada algures na net.

domingo, outubro 15, 2006

Hoje é o primeiro dia...

Hoje é que vai ser. Depois de alguma reflexão, do pára-arranca natural de quem está a começar uma coisa que pode vir a ser, diria, incómoda, decidi que de hoje não passava. Podia ter dito que já nem me lembrava que tinha criado este blog, com o intuito e o propósito que adiante irei descrever, que não tenho tido tempo para vir aqui destilar veneno mas isso seria... dizer a verdade e, neste país, dizer a verdade é, fatalmente, cair em descrédito. Tive uma namorada que me amava mais quando eu lhe mentia e me amava menos quando lhe dizia a verdade.
"Onde estiveste?"
"No bar com os amigos, a beber uns copos..."
"És um mentiroso."
Eu dizia a verdade e ela não me amava muito...
"Onde estiveste?"
"Na igreja, a ajudar o Xô Padre Cura Amílcar da Dores a preparar a missa..."
"És um amor."
Eu mentia e ela amava-me muito. Mais ou menos por essa altura aprendi que dizer a verdade não compensa mesmo nada, não dá riqueza. Que fique claro que ainda hoje me orgulho de ser pobre.
O que aqui irei publicar serão meramente desabafos. Eu sei que a Constituição da República me dá o direito à indignação. Sei que existem limites e confesso que não os conheço pelo que, desta forma, assumo que de quando em vez os vá ultrapassar. Sou homem o suficiente para, na altura e local certos, dar a cara e responder pelos meus actos. Não tenho a intenção de ofender ninguém até porque isso é bastante fácil de fazer aqui, ao abrigo do anonimato (quase absoluto) que um nick confere e eu sou um homem de desafios. Se não der luta não dá pica. E sem pica não vale a pena. A minha intenção é tão somente expressar a minha opinião sobre actualidades.
Disse e afirmo que não temo a justiça. Não só não a temo como creio nela. Ainda que seja a justiça que leva já mais de 2 anos para julgar um caso de pedofilia com figuras mediáticas. Aquele dos Açores demorou alguns meses apenas a ter sentença. Talvez a diferença resida no facto de, lá nas ilhas, os arguidos serem simples anónimos. Cá não são. Os de lá não vendem jornais, não dão audiências a televisões, ninguém os conhece. Mas fizeram mal às criancinhas e foram condenados. O caso foi descoberto depois deste da Casa e num ápice os papões passaram de arguidos a criminosos, com pena em regime de tudo incluido. Cá, pasme-se, até aperecem aqueles que choram na televisão pela inocência dos arguidos. Sim, cá ainda só são arguidos... Da forma que isto vai, ainda vão ter com a Júlia Pinheiro, lamentar-se e pedir a uma figura pública que cante (??) com um cantor de renome, na defesa da sua nobre causa. Em relação a tudo isto só tenho duas coisas a dizer. A primeira é que todos nós somos inocentes até prova em contrário. E eles são inocentes. A segunda é que, com a idade que já levo, a bagagem de vida que já adquiri, dá-me autoridade para dizer que nem tudo o que luz é ouro. Todos nós fazemos coisas de nos orgulhamos e outras de que nem por isso. E, como todos temos uma imagem a defender, fazemos de tudo para que ninguém saiba quais são as coisas que fazemos quase sem ponta de orgulho...
Agora é convosco. Comentem. Soltem a língua. Fazem-no à vossa responsabilidade mas soltem...
O SLB é o maior, canudo! (isto, para os mais distraídos, é uma provocação...)

domingo, março 19, 2006

Estão todos convidados!

Se és venenoso, cínico, crítico e achas que vale sempre a pena por o dedinho... então és benvindo a este blogue. Comenta, posta, diz o que te vai na alma (ou na ponta da língua...). Força, venham de lá esses venenos. Podemos não fazer a diferença pela má-língua, mas pelo menos ficamos satisfeitos e bué aliviados.


Visitas, a estas horas...